quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Último post do ano!
Acho que muito já foi dito, então vou utilizar as palavras de outros pra dizer:
Feliz Ano Novo!
Pra quem acompanha, gosta, acha um saco, ama ou ignora nosso blog... :
ano que vem tem mais, muuuito mais
de tudo que nós consideramos nossos devaneios!


Obrigada pelas visitas e comentários...
E que venham muuitos devaneios em 2009!

Essa música diz TUDO:


Vou Deixar - (Samuel Rosa - Chico Amaral)

Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é
É, não conte o tempo por nós dois
Pois, a qualquer hora posso estar de volta
Depois que a noite terminar

Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer
É, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão, me solta
E deixa a sorte me buscar

Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou me esquecer de mim
E você, se puder, não me esqueça

Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim, sim
Não tenho hora pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar

Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou me esquecer de mim
E você, se puder, não me esqueça

Não, não, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão, me solta
E deixa a sorte me buscar
Não, não, não tenho hora pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar

sábado, 27 de dezembro de 2008

(...)

Quero sempre sentir a magia do momento sem medo,
sem racionalidade, só sentir.
Quero sempre multiplicar esses minutos em que tudo pode mudar... depende de mim (?) ou (!)

Quero a experiência do inusitado em overdose,
quero esquecer que já existiu monotonia de qualquer espécie aqui, dentro de mim.

Escutar essa música no último volume,
lembrar com carinho de tudo que merecer ser eterno,
modificar a linha reta das horas de quem eu amo.


Quando eu fechar os olhos essa noite,
quero sentir que alguém sente minha falta,
que alguém precisa da minha voz,
companhia ou mesmo silêncio.

Quando eu abrir os olhos de manhã
quero sentir a eterna novidade do mundo me tocar
e me mover adiante com o sorriso de quem acredita,
de quem tem fé no melhor das pessoas,
de quem se entrega ao sentimento, seja ele qual for.


Quando terminar esse texto
quero sentir que uma parte de mim passa a existir aqui,
definitivamente.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Férias

Tanto tempo, chuva, sol, travesseiros,viagens, DVD, músicas, fotos,risadas, amigos...

Durante as férias quase acredito que sou feliz de fato.
Quase esqueço a melancolia que me cerca....
Quase consigo acreditar que tudo pode ser melhor sempre.

Finjo não ouvir o noticiário que passa por cima de números de mortos, feridos e desabrigados....
Finjo não ver a hipocrisia e falso moralismo impregnados nas palavras,
o egoísmo que corrompe e a mentira que aborve qualquer filete de alegria.
Ignoro as batalhas internas e externas que estão por vir,
ignoro a ansiedade e deixo tudo pra depois...

Esse tempo de alienação deve ser mesmo muito necessário pra minha sobrevivência...

Vou me alienar em São Paulo por uns tempos.... com minha sis, companheira de planeta... é, a 'menina devaneio'
Vou esquecer o ar seco do centro oeste e torrar na praia,
conversar por horas sobre nada,
tirar milhões de fotos e pular de tiroleza...
nova tatuagem, quem sabe eu corte meu cabelo ou faça um rastafari....


Alienação pra começar o ano é excelente!
Não quero nem pensar no depois, porque pra depois.... ah, falta tempo demais.


Aliene-se também!

Bel: faltam 14 dias!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sei lá

Ando buscando novas filosofias para velhos problemas
e depois de várias horas de ócio mental na Academia cheguei a conclusão simplista,porém muito certa, de que o melhor é tocar o foda-se mesmo! (não tenho outro termo, sorry!)

Pra quê se importar demais?
Chorar demais?
Se preocupar com coisas tão sérias quando é hora de ser um pouquinho fútil (e isso é saudável!)?
Sofrer com a gastrite
e as noites de insônia?
Pra quê?

Tanto 'emo mode' nunca levou ninguém a lugar algum...
O melhor é ignorar os pequenos fiapos de tristeza e enxergar a beleza da manhã de sol...
esquecer por alguns minutos que a fatura do cartão de crédito ainda não foi paga e
que seu príncipe encantado tá vindo de jegue mesmo.... mas um dia ele chega, não é verdade?
Ah, a melancolia me faz perder tantos sorrisos....

E o pessimismo impede a manifestação da razão, do óbvio:ser feliz é um direito!

Vou me alienar e esquecer de tudo que me faz mais triste...

Foda-se!



Mande sua tristeza se foder também!
É excelente!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Subjuntivo:
o tempo verbal que me acompanha nessa odisséia
de 'tudo' e 'nada'.
Tempo verbal do meu fracasso,
unido com os mesmos adjetivos e conectivos.
Ao final sempre ficam as reticências
que representam bem essa espécie de eternidade melancólica,
essa permanência da falta,
essa continuidade do mesmo.
Não vou terminar...
Me recuso.




'Veja bem, eu já não sei se estou bem só por dizer
Só por dizer é que finjo que sei
Não me olhe assim
Eu sou parte de você
Você não é parte de mim.

Do meu passado você faz pouco caso
Mas, só para você saber,
Me diverti um bocado

E com você por perto
Eu gostava mais de mim' - Legião Urbana



Como disse Renato Russo: é incrível como as músicas continuam assim, a ter uma certa relevância



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Fazendo jus ao nome do blog

"Cuidado! Ela vai voltar aqui e nos ver juntos!"
"E daí? Eu não me importo! Você não deveria se importar também... Qual o problema?"
"Você sabe muito bem quais são os problemas.... seu passado!"
"Meu maior problema é ficar sem você..."
" O meu também... mas..."
"Cala a boca... Deixa rolar, larga mão de ser tão certinha."
"Ah, não sei... não posso."
"Mas é claro que você pode. Nós podemos."
"E se der tudo errado?"
"Pelo menos eu não vou ficar só na vontade! Nem você!"


No meu planeta é assim....

pena que ele esteja tão longe do alcançe das minhas mãos cheias de realidade, covardia e idiotice....





















Lágrimas. Só as lágrimas sem motivo me restaram.



domingo, 30 de novembro de 2008

Una mañana

Amanheceu e eu nem percebi. Não parecia uma manhã como as outras. Havia algo novo, uma sensação especial. Algo que eu não preciso ver pra saber. Era certo. A manhã tinha o seu brilho, tinha o seu cheiro. Os raios do Sol surgiam, mas passavam direto por mim. Era o calor da tua presença que me aquecia, que me despertava.

Amanheceu, mas eu não me importei. O vento continuava soprando e me levando pra mais próximo de você. Encolhida em seus braços. Perdida em seu abraço. No meu coração, não não havia manhã. Mas havia pássaros cantando preguiçosos, embalando sorrisos tímidos, disfarçados. Felizes.

Amanheceu. E eu estava com você. O encanto de um novo dia não é nada comparado ao prazer de um novo beijo. E de mais outro... Sabor da manhã, gostinho de você.



... quem disse que a gente não pode ser breguinha de vez em quando?
x) e sim, minha inspiração foi você. :*

Ganhei!

Que coisa mais inusitada, linda e doce... eu ganhei um poema!
Um fato tão novo (pq geralmente eu é q saio escrevendo pra td mundo) e que causou tanta alegria em meio a um domingo melancólicamente 'domingo'.


Confiram a razão do meu sorriso:
http://jorgeslytherin.blogspot.com/2008/11/rayanna.html


Friend, eu não tenho nenhuma palavra suficientemente forte pra agradecer pela sua amizade
que sempre me alegra, me torna menos certinha, chata e convencional.

Te amo sempre!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Meu partido é um coração partido

Esse momento de redenção nunca chega.
Nem sou capaz de traduzir o que sinto para o papel.
Te convido a compartilhar essa ausência comigo.
Te peço para se mudar para o meu corpo por um dia, só um dia... pra sentir essa decepção baseada em especulações,
pra entender a necessidade de poesia e músicas tristes,
pra compreender porque nada nunca fez sentido.
Te imploro... por um minuto,me ouça.
Ouça minha angústia gritar por cura,
escute meu exagero se lamentando, minha solidão suplicando interesse...
dê atenção às minhas queixas cheias de motivo,
à minha personalidade tão intensamente incomum,
ao meu lirismo devaneante.
Te suplico... me olhe e me veja de verdade.
Veja essa tristeza escorrer pelo caderno,
veja o abandono, a inquietação e a insegurança que me toma,
o desespero que me move
e a falta de adjetivos pra esse momento preenchido de tudo que eu não sei nomear nem sentir.
Enxergue quem eu sou de verdade, muito além das fotos ou frases ditas só por dizer.
Te convido a retirar seus óculos de preonceito e mesquinharia e notar o quanto eu mereço você.
Mereço cada um dos seus sorrisos,
queria poder descobrir como eles surgem e aprender a provocá-los.
Mereço cada um dos seus abraços, beijos e palavras de carinho,
mereço sua preocupação e sua saudade,
suas dúvidas e seus finais de semana.
Mereço ser o seu motivo preferido pra tudo.
Mereço ser a sua razão para não dormir e a primeira para acordar...
Mereço ser tudo que te importa de verdade.
Te garanto... não vou mudar.
Não vou mudar um centímetro das minhas convicções em nome de uma possibilidade de mãos dadas.
Não vou mudar minhas respostas e menos ainda as perguntas.
Não vou limitar minha personalidade ou conter minha fé.
Vou continuar falando alto, badalando, rindo das mesmas piadas, e sendo quem eu faço questão de ser.
Ainda quero mais algumas tatuagens, festas e aventuras.... isso não altera quem sou ou quem pretendo ser no futuro.
Não preciso de ninguém me dizendo o que fazer,
não preciso de mais hipocrisia.
Te aviso.... esse é o fim do que nunca começou.
Te confesso.... não vou te perdoar
Até porque não quero ir pro céu mesmo....


[I still try holding onto silly things. I never learn.
Oh why? ... all the possibilities... I'm sure you've heard.
That's what you get when you let your heart win
drowned out all my sense with the sound of its beating.
That's what you get when you let your heart win. - Paramore]

sábado, 22 de novembro de 2008

She's a coward!

Ela andava pela mesma rua de todos os dias. O passo rápido, o mesmo caminho, as mesmas pedras da calçada, as mesmas pegadas na areia da praça. Tinha uma praça no seu caminho, mas ela nem reparava mais. Andava a mesma rua todos dias. Em frente, doze passos largos e pára. O sinal. O mesmo sinal de todos os dias, o mesmo sinal vermelho, a mesma segurança da sua de todos os dias.

Só que tinha alguma coisa estranha.

No seu caminho, não havia buzinas. Naquela rua, não tinham tantas pessoas. O sinal em que parava todos os dias tinha uma cor forte e exata; ele não piscava em amarelo. Estava quebrado. O sinal quebrou, sua rua engarrafou, seu caminho não era mais o mesmo de todos os dias. Seu coração quebrou, sua mente engarrafou, sua certeza não era mais a mesma de... Que dia era aquele? O primeiro? Ou o último?

Ela fez a única coisa que podia fazer naquele momento.

Voltou pra casa pelo caminho que ainda conhecia, deitou na cama que ainda tinha seu cheiro e dormiu. E ela entrou na escuridão do abismo da ilusão de segurança e se perdeu... para sempre?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SEMPRE QUE CHOVE

SEMPRE QUE CHOVE -Mário Quintana
'Sempre que chove
Tudo faz tanto tempo...
E qualquer poema que acaso eu escreva
Vem sempre datado de 1779!'



Sou obrigada a concordar com Quintana. E sempre que vejo chuva me lembro desse doce poema que me faz sentir tanto...
Esses últimos dias de chuva (aliás, essas últimas duas semanas) têm alterado a minha rotina para muito além dos banhos de chuva para chegar na faculdade, sombrinhas quebradas e pés gelados. Me vejo escutando The Beatles febrilmente, e quem diria, entendendo velhas letras do RPM, Metallica e Pink Floyd... relendo textos escritos na aula de física do colégio, procurando por fotos antigas, de amizades que não existem mais ou de pessoas que infelizmente partiram e me deixaram só com a saudade.
Talvez seja o final do ano se aproximando, ou essa traiçoeira melancolia tomando meus pensamentos, mas o fato é que tudo parece coberto por essa nuvem de nostalgia. Nada mais parece existir para além da minha teia de hipóteses e sentimentalismo guiado pela previsão do tempo, nada parece servir para espantar essa apatia e intensidade, essa calmaria e inconstância.
Não posso procurar as respostas porque já não sei quais são as perguntas. Não posso exigir compreensão já que eu mesma não consigo transformar em palavras todas as pequenas dores que se acomodam aqui, dentro dessa minha alma impregnada de egocentrismo ao avesso (ou não).
Sempre que chove.... me permito ser triste. E nada mais.



'I need a fix 'cause I'm going down'

Thank you, Lennon

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tédio com um T bem grande pra mim!

Levemente entediada...
Essa rotina do seu desprezo me deixa cansada.
Os compromissos, olhares e assuntos de sempre...
as tardes e músicas constantemente tristes.
As aulas se tornaram tão monótonas,
as obrigações me desgastam;
A previsibilidade dessa saudade me atormenta,
essas horas tão longas me enojam.
A repetição dessas palavras me inquieta,
a desigualdade dos nossos destinos me maltrata
de uma maneira jamais imaginada.
A calmaria pesaroza dessa semana condena meu sorriso
à inexistência completa,
os desejos não declarados gritam por liberdade, e
essa identificação com a incerteza me envergonha.
Todas as histórias de amor alheias me parecem falhas,
não me reconheço no lirismo de Drummond, Quintana, Bandeira ou mesmo Augusto dos Anjos.
Tudo me parece tão monótono... até mesmo Renato Russo
não me provoca com suas ironias,
nem a melancolia do gothic Metal parece suavizar a tempestade de desesperança que assola meu coração.
Mesmice. Chatisse. Caretisse...
Me encontro e me perco como espectatora dessa ilusão perpértua,
me canso das minhas perguntas...
me abandono em meio à desordem completa dessa forma de sentir tão peculiar.
A inércia da nossa 'pseudo-história' me irrita,
a perpetuidade da solidão me apavora.
O sonho permanece tão distante... e a verdade continua doendo.


Levemente entediada.... é o último suspiro dessa história unilateral.
Felizmente.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Espalha essa melancolia,
Tranforma essa dor em palavras manchadas de lágrimas.

Rotina, contas, falta de bateria, chuva, trabalho, livros, sono...
O mesmo me oprime.
O sempre me atormenta.

Torce e esmaga minhas memórias
destrói o vestígio de saudade.

Esse grito contido vive aqui, me perturbando.
Esse sentimento não declarado me machuca.

Estou tentando unir partes desconexas de mim
em busca de justificativas e explicações dispensáveis.

Não quero.
Não posso mais.

Não consigo...
Me deixe sofrer
e chorar a dor da minha insignificância.

Minha eterna companheira dá motivo para cada lágrima
e vasculha minha insensatez em busca de provas.

A decepção é tão óbvia... a tristeza é tão escondida...
Mas aqui está ela, para que todos vejam
que minha fraqueza é natural,
que meu coração se cansou e desistiu.


Choro, sofro, tenho vontade de gritar e me esquecer
por alguém que nem mesmo sabe que provoca tantos terremotos sentimentais em mim.
Alguém que consegue ser mais insensível que a própria insensibilidade...


E não tem fim, essa falta de você em mim.



Como certas músicas fazem tanto sentido:
I can't run anymore,
I fall before you,
Here I am,
I have nothing left,
Though I've tried to forget,
You're all that I am,
Take me home,
I'm through fighting it,
Broken,
Lifeless,
I give up,
You're my only strength,
Without you,
I can't go on,
Anymore,
Ever again.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hoje acordei querendo falar de amor. Sem pretensões, só falar de amor.
É pedir muito?

Num mundo em que as pessoas não alteram suas rotinas para perceber o outro, pedir um sorriso amigo é pedir muito?
Num mundo em que sobra egoísmo, pedir um abraço é pedir muito?
Num mundo em que a futilidade sentimental se sobrepõe à tudo, pedir uma palavra de consolo é pedir muito?

Não deveria ser tão difícil entregar um pouco do seu amor à alguém.
Não deveria ser tão complicado dizer que te amo...
Não deveria ser impossível.

Sobram músicas, poesias, declarações explícitas no orkut... mas falta intensidade,motivo, proximidade.
Sobram palavras, mas falta tanto...


Já não sei mais qual era a minha intenção ao escrever isso... afinal, tenho várias opções guardadas no meu caderno...
A verdade é que falo de tantas coisas, mas muito pouco de amor.
Confundo, misturo, desintendo o que penso ser amor,mas é apenas engano.
Nem vou perguntar o que é amor, já que a resposta está muito além das minhas idéias desencontradas e achismos.

Eu queria falar de amor.
Mas ainda não o encontrei.


'Tanto... se ao menos você soubesse
te quero tanto'

domingo, 12 de outubro de 2008

Do momento



A poesia (e a não-poesia) desse momento me toma por inteiro...
fecha meus olhos
e desvia a minha atenção do projeto didático que deveria estar pronto.
Eu posso sentí-la aqui, me controlando,
me guiando através do teclado.

Tento resistir,
ignorar,
mas a música que está tocando também não me deixa esquecer
que, de fato, aqui vive a poesia.

Avassala minhas convicções,
meche com as minhas pseudo-memórias construídas tão arduamente,
contradiz minha razão,
ignora a realidade.
A poesia... essa companheira instável e vital...
destino certo das minhas madrugadas,
alento para as minhas lágrimas,
manifestação de tudo que vive em mim e que se expande para além do sentimentalismo.

Espero pelo momento que eu possa despejar toda a poesia ao vento,
atirar pilhas de papel,
cadernos,
grafite e minha tristeza, alegria, controvérsia e falsos-versos pra quem quiser ler.


Talvez assim eu possa me sentir tão completa quanto agora,
enquanto escrevo.
Breves minutos em que me encontro, discuto e amo minhas controvérsias...
Tão raros instantes em que pouco importa quem está ou não ao meu lado,
quem se importa,
quem vai lembrar ou ler,
quem vai gostar ou não,
quem vai dizer algo
e completar a alegria do meu dia.

Preciso de você mais do que preciso de mim mesma,
preciso da inspiração que me empurra adiante,
que me desafia a ser sempre mais,
que me obriga a sentir, mesmo que eu não queira.
Que me obriga a fechar os olhos quando minha música toca,
que me deixa ser quem sou, e isso basta.

Mas me deixe terminar minhas obrigações,
ler aquele livro para a aula de Modernismo,
pensar na monografia
e sair de casa hoje à tarde.
Me deixe interpretar meu lirismo de um jeito menos doentio
e entender de uma vez que o mundo não respira poesia como eu. Definitivamente.
Ninguém mais suspira com um poema,
não tiram dois minutos do seu dia para ler os devaneios de duas garotas em viagem interplanetária...
falta de tempo?
Falta de poesia!
Falta de amor-próprio, eu diria.


Sinto,respiro,bebo,me alimento,deito e rolo em mares de poesia que me carregam pra longe da simplicidade sentimental
dessa planeta medíocre.


Quero, continuo, sou, entendo, vivo assim, imersa na minha forma peculiar de poesiar...
Vai ser sempre assim,
inevitavelmente.
Vai me manter no 'controle' e me fazer perder a razão,
vai me fazer amar e, quem sabe, desamar com tanta intensidade...,
vai me fazer ser cada vez mais 'eu',
mais poesia... eu quero sempre mais...

Quero me embrulhar em papel de poesia pra
não esquecer jamais do sentimento que moveu cada devaneio,
não esquecer que só sou quem sou
porque aqui vive a poesia.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

No censura Yes loucura

Censura é uma merda.

Meu irmão adora dizer "Não, Rayanna..."
Minha consciência sempre exclama "Pare!"
Minha mãe repete insistentemente "Minha filha, mude"
Meus eus gritam em uníssono "Não seja assim!"
Minha inconstância cria mantras de " Você está errada"
Meu lirismo me cobra "Escreva!"
Meu capitalismo me ordena "Estude!"
Meu relógio me trai tic-taqueando "Corre!"
Meu coração exige "Desame"
Minha racionalidade pede "Esqueça..."
Minhas músicas preferidas me desafiam "Vai chorar?"
Meu Fernando Pessoa me questiona " Vai continuar?"
Minha saudade me atormenta "Vão haver dias melhores?"
Minha tristeza me distrai com "É sempre assim mesmo..."

Não sei porque amarrar minhas convicções, sonhos,
e desejos à conveniência, pertinência ou necessidade.

Censura é uma merda.

Quero sentir o vento no cabelo,
me tatuar até acabarem minhas idéias,
pular de pára-quedas,
pintar o cabelo,
amigos,
quem sabe um piercing?;
rastafari,
meditação,
aventura,
música,
curso de fotografia,
shows de rock,
soluções,
viagens,
poesia,
surpresas,
praia,
livros,
telefonemas de madrugada,
um pouco de vodka,
perfume,
dias nublados,
um pouco de rotina,
esmalte vermelho,
sorrisos,
Aquarius fresh,
abraços,
família,
festas,
clubinho,
fotos.


Vou viver, ser e entender do jeito que quiser.


Censura é uma merda.

domingo, 5 de outubro de 2008

O pedacinho

Amigos, festas, faculdade, estágio. Ela tinha tudo isso. Semanas cheias, correndo de um lado pro outro, resolvendo coisas, brigando com amigos, rindo do infinito. Ela se esforçava. Comparecia a todos os eventos, sorria para todas as fotos, fazia poses, mandava beijos e recados. Ela aparecia, ela se mostrava. Mas nunca bastava.

No fim do dia, todos os dias, a sensação estranha lhe encontrava. Não havia explicação nem razão. O vazio, o aperto, o incômodo solitário. Ela resistia, ignorava. Em dias mais fracos, ela chorava. Escondida, encolhida. Pra no dia seguinte cobrir com máscara de vontade e fingir que sua vida era a fachada.

Tudo estava bem. Mas ela não estava. Todos tinham planos, mas ela não tinha. Ela deixava o fluxo lhe arrastar para não ficar parada, mas até quando ela ia aguentar ser arrastada? Ela tinha medo de onde ia chegar. Todo mundo tinha pra onde e pra quem voltar no fim do dia. Ela não tinha. E era isso que doía, que apertava. Mesmo quando ela fingia que não sabia.

E então, toda semana, as madrugas de sábado a torturavam. Em casa, sozinha, ela devaneiava. Não existe limonada completa sem gelo. Não existe bolo completo sem recheio. Não existe sanduíche completo sem queijo. Não, não da. Não existe pessoa completa sem desejo, sem anseio, sem companheiro.

Tudo estava bem. Tudo estava inteiro. Mas em seu coração, faltava um pedaço.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Quero e não posso

Quero tanto você que não consigo ir em frente.

Não posso mais ignorar a voz que me manda te ligar,

Gritar toda essa verdade que me machuca,

Desmascarar esse segredo sem razão.

Quero tanto você que não consigo mais sorrir...

Não posso ignorar a voz que me manda te procurar,

Te forçar, te obrigar a me amar... um amor sem precedentes.

Te fazer ver o quanto combino com você,

Sua rotina, ideais e futuro.

Te fazer entender que nossas vidas precisam estar unidas...

Te fazer sentir o que eu sinto quando penso em você,

Quando escuto seu nome...

Qualquer referência banal a você me faz perder a cabeça...

Esquecer todos os motivos daquele “não quero você” que eu li nas entrelinhas das suas atitudes....

Esquecer que seu coração nunca deixou seus olhos me verem,

Esquecer que talvez você nunca tenha desejado nada além de simples amizade.


Quero tanto você que não consigo te odiar de fato...

Não posso odiar sua fala mansa,

Seu jeito de menino... suas gírias, filosofias e idéias.

Não posso odiar o fato de você me inspirar poesia e rock’n roll,

Curiosidade e surpresa.

Não posso ignorar esse sentimento de proteção e amparo,

O cheiro de romantismo que eu consigo sentir em você,

Essa sensação de reencontro

E o carinho gratuito que eu sempre procurei em alguém...


Quero tanto você que não consigo dizer ‘não’ a mim mesma,

Não posso me cobrar orgulho

Ou amor próprio.

Não posso me pedir para te deixar viver sua vida sem a

Minha mão segurando a sua,

Sem os meus abraços e carinho,

Sem minha dedicação e lirismo,

Sem minhas teorias e músicas...

Não posso te deixar partir (mesmo sem jamais ter chegado).

Não posso perder meu único motivo para sonhar,

Meu motivo para sorrir, ter fé e

Entender pequenos mistérios sobre mim mesma que nunca pensei desvendar.


Quero tanto você que não consigo acreditar que não é

Com você que vou sair domingo à tarde...

Não posso acreditar que você não vai estar ao meu lado

Quando eu estiver doente, na TPM, sem nenhum cisos e muitos pontos.

Não posso imaginar meus dias

Sem conversar sobre tudo e coisa nenhuma com você.

Não posso conceber meu aniversário sem sua companhia,

Não posso imaginar meu sorriso ou mesmo minhas lágrimas

Sem seu nome como explicação imediata e definitiva para cada um deles.


Quero tanto você que não consigo aceitar ver você com mais ninguém.

Não posso ver seu abraço em outros braços,

Não posso ver seus lábios longe dos meus.

Não me deixe viver sem a possibilidade de te der um dia,

Não me deixe te ver segurando outra mão,

Sorrindo, sonhando, amando e

Vivendo os meus sonhos, minhas alegrias e momentos com outra garota que não merece você.

Não me deixe sofrer essa angústia do ‘talvez’,

Não me deixe viver a falta de você.


Quero tanto você que não consigo acreditar que essa história não vai ter o final que eu desejo....

Não posso aceitar o fato de você não estar ao meu lado agora,

Não posso entender as razões de estarmos separados.

Não posso mais implorar ao meu coração que se cale, já que

Há alguma coisa no ar que não me deixa desistir de uma vez,

Ignorar,

Calar,

Aceitar.

Talvez seja essa necessidade contínua de me enganar com pessoas que não sabem quem sou e me dispensam sem piedade...

Talvez seja o meu romantismo incurável

Ou a minha insensatez sentimental.

Quero tanto você que nem consigo conjugar esse verbo no passado ou subjuntivo...

Você só combina com o presente,

Mas o que eu quero mesmo é te misturar com o meu futuro,

Sem explicações,

Sem volta.

O que eu quero mesmo é esquecer quem já fui,

Ignorar tudo e te amar tanto que você vai esquecer que existiu antes de mim.



"Eu não vou chorar, você não vai chorar.
Você pode entender que eu não vou mais te ver
Por enquanto
Sorria e saiba o que eu sei
Eu te amo" (Nando Reis)



Tá foda.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um conto.

A primeira vez que eles se viram, foi inesperado. Ela não queria estar ali, ele também não. Ela estava pela consideração, pela etiqueta. Ele estava pela bebida gratuita e pela decisão da galera. E como estavam ali... eles ficaram ali. Andaram, sorriram, acenaram... Foi na bandeja de canapés que o encontro aconteceu.

Ela não viu, estava distraída. Ele notou de longe, cronometrou os passos. Inocente, ela esticou a mão. Bateu na dele, meticulosamente posicionada. Sorriram constrangidos, ele ofereceu sua vez a ela. E uma bebida para acompanhar.

Ela não era boba, conhecia aquele olhar. Não esperava, mas que mal faria? Ele não imaginou, mas era um bom ânimo para a noite. Sorriram mais, dançaram um pouco. Humm, ele dança bem, sabe conduzir. Minha nossa, mas que mulher cheirosa, essa cinturinha... Ele investiu, ela não recusou. Beijaram-se. No alto, as estrelas brilhavam, a música insistiam, as conversas rolavam. Na pista, apenas eles. Deliciaram-se o resto da noite. Encantados. Trocaram telefones e partiram.

Para ela, a semana foi longa. Ansiosa. Excitante. Duvidosa. Para ele, a semana foi normal. Casa-trabalho, trabalho-casa. Enfim, a sexta. Ele telefonou, ela vibrou. Encontraram-se. Carinhos, sonhos. Ela era jeitosinha. Ele era um cavalheiro, atencioso, maravilhoso. Ele curtiu, ela fez planos. Era o destino. Eram um do outro.

Na semana seguinte, ele esqueceu de ligar, ficou preso numa reunião. Ela se assustou, não quis ligar. Mandou uma mensagem, ele nunca viu. Ela não ligou, cretina. Ele não ligou, cachorro. Nunca mais se viram. Mas o céu estrelado em noites de tédio ainda traz lembranças...

sábado, 27 de setembro de 2008

Do contra

Fim. Felizes para sempre, ele viveram. Aqui, mas em uma terra distante. Andavam para trás toda vez que queriam ir pra frente. Todos os sorrisos... eram lágrimas. E cada lágrima chorada era um sopro de felicidade. Que na verdade era tristeza, solidão. Que não existia, porque todos eram unidos. Ligados pela violência. Um sinal de amor. Os pés para o alto, saldando as águas do mar. Que eram doces. Aqui, do lado de cá. E o Brasil fica do lado de lá. Doze horas não mudam nada. Os problemas são todos os mesmos, e eles se chamam solução.

Ele e ela. Somos eu e você. Um encontro separado, sem nunca nos vermos. Os olhos que brilham como a sombra, as mãos que não sentem o toque tão próximo, mas embriagam-se com o cheiro do seu gosto. Um gosto de manhã. Com a Lua no céu. Uma espera eterna, não sentida. Tão inerente, que é um sonho. Mas sonhos são para plantas. Que voam com o vento. E os pássaros não sabem cantar.

Uma história de amor. Com gargalhadas e gritos de histeria. Histérico e impassível. Sinônimos com significados tortos. A primeira troca de olhares. Num campo aberto, todo cercado por paredes de concreto. Um labirinto claro, onde nunca se perde. Mas jamais se sabe onde está. Não eu. Ela. A espada é símbolo da preguiça.

Licença, vou espirrar. O sentido das palavras está na falta de sentido do coração, que fica na testa. Ou na barriga. E tudo começou com um pedaço de chocolate, tão quente que parecia uma raspadinha de morango. Ahhh... Era uma vez.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

É, isso mesmo!

Vontade de mandar esse sentimento pro inferno!
É, vou te embalar, selar e mandar pro capeta!

Vontade de mandar esse amor se ferrar....!
Me larga, me deixa respirar...
me deixa viver um pouquinho sem essas suas chatisses,
caretisses,
bobagens e etc....

À propósito, odeio TODAS as suas etc's, odeio a maneira como me ignora
e ao mesmo tempo me maltrata....
Toma seu rumo, amorzinho!
Não quero te ver nem te ouvir....
Não quero você perto de mim não.... pega seu rumo!

Vontade de mandar esse romantismo pro raio que o parta!
Cansei.

Se exploda, paixão!
Se acabe, ilusão!

Vai procurar alguém que te aguente....
Eu não quero ser mais seu alvo fácil e corriqueiro....
Vá se danar, amor!
Não vou deixar você me destruir!
Não te quero mais aqui.
Vou te arrancar como arrancaram meu ciso fora,
e eu sei que vai doer tanto quanto (ou mais, quem sabe....)
Vou te esmagar com Augusto dos Anjos,
funk,papo fútil, música depressiva e chocolate!

Vontade de não te sentir nunca mais, sentimentozinho de gente idiota....
Deixa só eu ligar o meu evil mode que você vai ver só do que eu sou capaz.
Corre!
Mas corre pra bem longe.... porque se eu te encontrar de novo eu não vou ser caridosa,
nem boazinha,
Vou te massacrar com meu racionalismo... não vai sobrar nada pra contar a história!


Foda-se, amor!
Eu nem te amo mais.




Agora td mundo começa a rezar pra eu conseguir fazer td isso, tááá?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Como fazer uma cirurgia de extração da mente e do coração

Você já se perguntou por que as coisas são sempre mais difíceis pra você do que para os outros? Por que seu coração sempre bate mais rápido, sempre se aperta com mais facilidade e pra se quebrar, então... Basta um sopro do destino e já era.

Você vive pensando em... tudo? E o tempo inteiro? Como se sua mente não pudesse parar, como se seu cérebro tivesse que processar cada vírgula, cada entrelinha pra te dar esperança... E te fazer surtar?

Você já se perguntou pq dá valor a pequenas coisas? Coisas que ninguém entende, músicas que ninguém escuta, poesias que ninguém lê?

Você é do tipo que se apega a lembranças remotas, a sorrisos imaginados, palavras floreadas? Se mantém semi-viva em seus devaneios muito além da sanidade?

Você esquece dos compromissos, você adia os seus trabalhos, com a simples desculpa de não poder se concentrar em algo tão concreto? Você precisa viver no abstrato, se perder no vazio da pergunta "qual o sentido de tudo isso"?

Vc se perde entre os pólos de ser você....? Se apoia na garota romântica querendo ser mais realista? Você ignora a garota malvada querendo ser aceita?

Você vive cansada de enfrentar batalhas épicas entre você e você mesma, e de sempre perder? De sentir-se perdida, abandonada, completamente por fora das regras do jogo? Quem as inventou, aliás?

Você sente vontade de se abandonar? É, despejar todos os baldes de você por aí e esquecer toda essa seqüência de decepções e frustrações? Jogar fora todas as suas convicções, sentimentalismo, acertos , erros e tentativas?

Não vai adiantar. Você pode tentar desistir, mas se vc pensa e sente tudo isso... Você simplesmente não é capaz. Não faz parte de você. Porque a realidade é que você é uma aventureira, uma desbravadora de realidades, uma pesquisadora de sentidos. Você só não vê o sentido porque não há sentido. E é isso que você precisa descobrir. E aceitar.

Você precisa admitir que essa sua maneira de viver é misteriosamente linda.... É sim. Aceitar que ser ímpar (ou um par ímpar =D) é mais do que especial, é único. E se as pessoas ainda são muito idiotas pra entender isso e te amar.... o problema não é seu.

Foda-se!

Nunca é fácil, ainda mais pra mim, pra ela, pra você. Que porra de singularidade, não é? Por que diabos tinha que ser eu? Seu destino eh apenas parcialmente seu, no fundo vc não pode fugir de quem você é. E você, por mais complicado que seja, você é especial, de uma forma ou de outra. E você vai continuar lutando. E sofrendo. E sendo feliz em dias realmente brilhantes.

Muito bom seria se houvesse de fato uma cirurgia, se houvesse um botão de eject, uma saída de emergência. Mas só há a vida. E você, e ela, e eu. Ao menos, por hj, sua solidão está resolvida. Existe mais gente nesse buraco do que você pode ver. Vá tratar dos mil novecentos e noventa e nove outros problemas que te afligem. E boa sorte. Eu? Vou devanear. Afinal, todo mundo precisa de um rota B (nem que seja um copo de vodka. E limões).

*texto conjunto by Stas. Devaneios.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sorri e acena

É certeiro.
Sorri e acena sempre.
Ignora suas lágrimas e dilemas muito além do trivial.


Afinal, está tudo tão certo aqui, não é mesmo?
Meu silêncio nem me oprime,
minha solidão nem me machuca,
minha ansiedade nem me atormenta.


Cansei.


Vou espalhar meus textos pelo chão e aumentar o volume da música... secar as lágrimas com mais decepção, ignorar a ausência que descompassa meu coração, a tristeza que teima em cosumir meus minutos...
Vou me calar.
Sem esquecer de sorrir e acenar.
Sempre.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Condicional

Se for me amar, me ame porque eu provoco alguma alteração na sua rotina.
Se for me amar, me ame porque minha risada te desafia a ser mais feliz.
Se for me amar, me ame porque meu lirismo te agrada,
ou porque minhas teorias fazem algum sentido pra você.
Se for me amar, me ame porque tenho sensibilidade suficiente pra entender quem você é,
interpretar seus olhares e silêncios,
compreender suas lágrimas contidas.

Se for me amar, me ame porque consigo advinhar seus pensamentos,
dúvidas e certezas sem que você me diga uma só palavra.
Se for me amar, me ame porque minha existência é um dos motivos para você seguir adiante,
porque minha fé te mantém,
porque meu romantismo combina tão bem com sua descrença sentimental.

Se for me amar, me ame porque tenho opinião sobre tudo,
porque falo o que penso,
e penso o que sinto.

Se for me amar, me ame porque gostamos dos mesmos livros
e porque meu gosto musical é incomumente interessante.

Se for me amar, me ame porque minha ausência te machuca,
e porque nossa solidão precisa chegar ao fim, definitivamente.

Se for me amar, me ame porque minha falta de lógica combina com a sua racionalidade,
porque minha inconstância te faz rir,
porque minha personalidade se mistura com a sua de uma maneira inexplicavelmente única.

Se for me amar, me ame porque as palavras já perderam o sentido pra explicar o quanto você inspira poesia...
o quanto me alegro e me machuco ao pensar na possibilidade do nós dois...

Se for me amar, me ame de uma vez.
Com ou sem explicações.
Com muito rock and roll, passeios aos domingos, sorvete de maracujá, abraços,
ligações de madrugada, cafonices, saudade e só nós dois.
Assim.
Tão simples...
Né?


O estopim de tudo:
http://vagalume.uol.com.br/marcelo-camelo/janta.html


MARAVILHOSO!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Hoje.

Ela se aproximou lentamente, um passo se arrastando atrás do outro. Chegou à parede, seus pés não podiam mais andar. Encostou-se levemente e deixou o corpo arriar. Sentou-se no chão, as pernas estendidas. Escolheu-as, abraçou os joelhos. Abaixou a cabeça, contraiu o corpo. Um suspiro. Relaxou um pouco, os braços se acomodaram melhor em torno da coxa. Ela resolveu levantar a cabeça, encarou a parede branca do outro lado. Mas não viu nada realmente. A visão se embaçou um pouco, ela inclinou delicadamente a cabeça pra esquerda, pensativa. Uma lágrima? Piscou. A gota se desprendeu dos olhos e escorreu livremente pela bochecha, formando uma curva perfeita. Quando se aproximava dos lábios, Ela levantou novamente a cabeça, inclinando-a um pouco acima do normal para parar a trajetória daquela pequena gota. A cabeça parada, os olhos encararam mais uma vez a parede vazia. Nada. Ninguém. Entreabrindo despreocupadamente a boca, deixou sua língua escapar e capturar a gota de lágrima, que tremulava logo ao lado. Salgada. Terna. Solitária. Apenas uma lágrima chorada. Ela se encolheu de novo, tremeu. Um arrepio fino percorreu seu corpo, eriçou seus pêlos e fez com que seus ombros balançassem. Estava ficando dormente, talvez devesse levantar. Talvez... Não, ainda não. Fechou ou olhos, abaixou a cabeça e deixou o tempo passar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Saber é crescer, crescer é viver.

- Bom-dia, em que posso lhe ajudar?

- 10 pães, por favor.

- De que tipo?

- Do... normal... Fresquinho, por favor.

- Claro, mas... Francês? Italiano? Sírio?

- Não, brasileiro mesmo. Temos que valorizar o produto nacional.

- Não, senhor... O estilo do pão.

- Daqueles assim. Molinhos, quentinhos. Que você abre, coloca manteiga e...

- Senhor, olhe a fila... Poderia me dizer que tipo de pão o senhor quer?

- Mas senhor digo eu! Eu já disse, por favor. 10 pães, brasileiros, molinhos e quentinhos. O que um cidadão tem que fazer pra conseguir o que quer?

- Saber o que quer seria um começo...

- Mas eu já...

- Aqui. Dez pães fresquinhos, pode se encaminhar pro caixa.

- Oh, obrigada. Um bom dia pra você.

(...)

- Que pães você deu a ele?

- Que diferença faz?

- Senhor estranho, hein? Mas feliz, não é mesmo? Parece satisfeito com tudo.

- Ilusão, meu amigo. Se pra ele tanto faz é porque não importa. Ele prefere não conhecer pra não ter que escolher. Ele finge que sabe o que quer, mas uma decisão abstrata não faz sentido. Quem não busca conhecer seus caminhos, explorar suas escolhas, dedicar-se aos seus domínios... vive uma vida inteira na certeza de estar fazendo tudo certo e na tristeza do vazio que não desaparece. Vá trabalhar, vá estudar. Isto é real.

(...)

O "senhor" voltou pra casa, colocou os pães na mesa e sentou. O que era aquilo? Ele não preparara o café-da-manhã? O que poderia estar faltando? Que pão curioso... Diferente da última vez. Hummm, gostoso... Que pão seria? Ele deixou o pensamento passar. Era feliz, tinha tudo que queria. Mas então... o que estava faltando?


*Essa provavelmente é a primeira e última vez que eu tento escrever uma história. Eu não sei pensar as palavras, eu sei libertá-las. Quem sabe um dia... Eu tentei, né? Minha vida é abstrata. Boa sorte vivendo a sua.

domingo, 7 de setembro de 2008

Pic one.

Olá, tudo bem? Não quero incomodar, só gostaria de um lugar pra ficar... Só uma noite, por favor. Duas horinhas, é rapidinho. Um copo com água seria mais do que o suficiente, obrigada. Tenho mesmo que ir, continuar. Obrigada pela atenção. Não posso me demorar num mesmo lugar. Ah, você já foi... Caminhos, estradas, labirintos. Em qual rua eu devo virar?

Ei, você! Já te vi aqui... Já vai? Ah, sim, boa sorte. Vou ficar por aqui mais um tempo. A encruzilhada. Milhões de opções, milhões de becos sem saída. Apenas alguns vão te levar a algum lugar. Os outros vão acabar te trazendo de volta. A encruzilhada. No final, é sempre a encruzilhada. E você está sempre perdido, achando que já tentou todos. Por mais incrível que seja, sempre há uma nova bifurcação.

Preciso sentar um pouco, é cansativo. Tantas pessoas... Acompanhadas. Cheias de esperanças e alegrias. Uma nova oportunidade, suas mochilas estão cheias. Eu estou cansada. Tantas coisas... Erradas. O chão é de pedrinhas, deixa a mão marcada. O sol queima, castiga. Que Sol? É sempre noite na Encruzilhada.

Direita? Esquerda? Par ou Impar? Amor ou amizade? Eu vou ficar por aqui mais um tempo, observando a encruzilhada. As pessoas passam, eu continuo sentada. Isso deve dizer alguma coisa. Não tenho tempo pra pensar, é um novo dia, uma nova jornada. Sozinha. Preto ou branco? Praia ou campo? Continuar ou...? Oi? Foi um prazer. Até, quem sabe não te veja por aí...



*fraquinho, eu sei... mas eu me sinto fraquinha hoje. Have a nice trip. And wath the steps.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Você

Coloco uma música que me ajude a expurgar esse sentimento que me toma por inteiro.

Só consigo respirar você.
nada mais me acalma
nada mais me mantém na linha reta dos meus compromissos,
horários e lembretes.

Fecho os olhos
procurando uma palavra que desmitifique o mistério que é te querer.
só consigo pensar em você.
Seu sorriso que me tira a calma.
Suas palavras que me tiram o sono.

Grito para mim mesma a certeza que meu coração já possui,
escancaro as janelas dos meus sentimentos
em busca de uma razão
pra não te esquecer.

Ignoro a música que já terminou,
o prazo que acabou,
as vozes que me chamam à razão
e deixo essa inspiração mais intensa que a tela fria do computador me consumir...
me levar além da simples amizade que nos une
além dos gestos sem porque
e atitudes comuns.

Tremo.
É o medo de te amar que me atormenta.
É o medo do final costumeiro...

Nesse pseudo-transe sentimental
posso sentir o beijo que nunca aconteceu
a palavra nunca dita
milhares de momentos não vividos e poemas não escritos.

Vou repetir a mesma música.
Vou continuar escrevendo compulsivamente.


Vou continuar sentindo essa agonia sem nome,
essa espera sem motivo?


Só consigo querer você.
Nada nem ninguém mais.
Ponto final. Longe do fim.
Longe de você.

sábado, 30 de agosto de 2008

Um pouco de otimismo

Sol. Praia. Mar. Parque de diversão. Algodão doce. Jujuba. Cheiro de pipoca quentinha. Cachorro quente com muita mostarda. A praça. Um fim de tarde a mais. Lua cheia. Chuva e chocolate. Café-da-manhã na cama. Um jardim de flores. Música ao vivo. A extensão da promessa do sonho que virá.

Um amiga. Uma amigo. A sorte de se ter uma melhor amiga. Fotos. Viagem. Confiança. Carinho. Força. Admiração. Lembranças e histórias pra contar. Fofocas. Segredos. O ato de bisbilhotar. Risadas. Conversas. Festas. A noite eterna como a certeza de uma criança.

Sonhos de açúcar. Nuvens de algodão. Saltos de ternura. Um toque de sedução. Palavras corridas. Momentos de salvação. Um pouco de leveza e o infinito de um "etc" na palma da mão.


*blé. Mas eu tentei x)

Devaneio não tem nexo nem anexo.

Por quê? Como? Quando?

Perguntas de toda hora, perguntas eternamente sem resposta. Por que ele foi embora? Como eu me permiti chegar nessa situação? Quando foi que a minha juventude passou que eu nem vi? Questionamentos, dúvidas, incertezas. Viram medos, estresse, loucura. Os dias passam velozes, ainda é segunda-feira, 9h da manhã. Quanto tempo até a aula acabar? Quanto tempo até eu largar? Quanto tempo até a minha vida começar a andar?

Como? Quando? Por quê?

Perguntas de todo dia, razão de uma vida. Como eu cheguei aqui? Quando foi que desisti de mim? Por que é tão difícil recomeçar? Espelho da alma, me dê uma resposta. Ela não é exata, mas há um caminho. Do outro lado da estrada, em cima do morro... pétalas de sonho tentando voar. A fé move montanhas, a esperança não morre jamais.

Quando? Por quê? Como?

São apenas perguntas, não existem respostas. Quando você quiser, porque você quer, como você conseguir. Só assim. Só assim.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Só quero poesia

Pois é.... escrevi isso aí na minha mais nova tentativa de ser organizada e manter minha suposta criatividade sob controle: um caderninho pra escrever!
LINDO!

Mas quem disse que eu tenho coragem de digitar meus devaneios enooormes? Então vai assim mesmo!Apertem os olhinhos, cliquem no zoom e mandem bala galera!


E você?
O que você quer?

domingo, 17 de agosto de 2008

O que as pessoas dizem sobre você... DEVANEIO 1

Então, vamos descontrair? (sem conotação vide terceiro ano,viu Keka?)

Nas férias decidi transformar meu tempo ocioso e algo mais produtivo (ou não, tanto faz!).
Pra variar um pouco, resolvi transformar o que escuto (e não somente minhas idéias) em texto, Esse é o primeiro deles... virão mais, se preparem!


Bel: Rapaiz, a Ray... então, é a minha companheira de planeta! Arretada!

kk: Ela é doida,gosta de umas músicas estranhas mas td bem né, é a vida...às
vezes não é muito boa e tal... mas, vem cá... já te contei do dia em que ela tomou um porre?E do show do César Menotti e Fabiano?

Keka: Ela é a ray do sol, ray de luz, raynha de tooodas as rays, ray,estrela e luar.
Lula molusco, lavadeira das almolfadas... é, eu sou amiga dela por piedade... pq a MINHA presença ajuda qualquer um, até a Ray.

Camilinha: Ô lá em ksa....! Essa aí passa o rodo!Não vale nada, mas eu gosto dela!

Cacau: Rayyyyyy! Amiiiga, cade você? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (risada mais engraçada que eu conheço!)

: Rayzinha... é até gente boa. É, um pouquinho...tá! Mas mudando de assunto, alguém ai quer tirar uma foto?

Larys: Ray? Essa aí é doida pra dar uma volta de FOX!!

Camillera: Ô Irmãããã!

Pablyne: Ih, a Ray... doidinha. De jazz a coven, tudo maluquice!

Talita: Rayanna Ornelassssssssss! Só pq estuda na UnB, ela some!

Lol: A irmã do Vizim sempre me liga no celular errado, caralho! Vambora, Rayanna, até o chãoo!!!

Lise: Então, a Ray é minha prima, uai! Dããã!

Jujis: A Ray? Highlander?

André: Essa cabeça de coco? Passo é mal com ela!

Carol Beasley: Ela é minha filhusca querida! Adooooooooooooro!

Tássia: Tá, eu gosto dela, mas se ela me chamar pra voltar pra academia mais uma vez....ihh, sei não viu!

Very: Rayyyy! Minha companheira de sushi! Mas meus problemas são culpa dela! Repete comigo: culpa suuua!

Mãe: Minha filha... meio desorganizada, enrolada, perde muito tempo com esse computador! Antes de sair
transforma o quarto num cenário de guerra... HORRÌVEEEL!

Pai: O problema é q n me escuta; eu já falei mil vezes: vaaai nadar, pq senão vc n vai aguentar n!

Jorginho: A Ray puffy-nhami-hummi-show....? Sem comentários! Sou mt superior pra tecer comentários sobre ela.

Thayne: Ela é o xuxu preto! Co-autora do nosso livro de péééérolas da kk! AH! Tb adoro jogar bolinha de papel nela!

Anna Paula: Ray! Miiiinha companheira sempreeee! Aliás, quando é a próxima palestra hein?

Rayssa: Ray? Ah, eu amoooooooooooooooooooooooooo ela!!!!!!!!!!!!!!! *chorando*

Bel(UnB): A Ray é poesia pura! Transcendentalmente radiante,brilhante,ofuscante,liricamente incrível!

Letícia: UHHH! Fomosense, companheira das aulas malucas e filosofias de sexta à noite!

Ingrid: Nussss Senhora, a Ray é par certo nos seminários cibelísticos-sociolingüísticos! Só o OURO!

Marielle: Ela é o meu xuxis uá! Nem gosto daquelas músicas malucas que ela gosta, mas do resto eu gosto!

Déia: Ela é meio doida, mas td bem. Eu até gosto dela...

Paola: Ray-florrrrrrrrrrrrrrrr!




Tá.
Falta do que fazer pura.
Mas eu adorei!

Bendito ócio criativo!

Okay, se vc não está na listinha.... soooorry!
Posso ter te esquecido pq minha memória é messmoo uma merda ( e eu te adooro!), ou pq vc realmente é dispensável ( e não te adoro não!) !

Beijosmeliga!

domingo, 10 de agosto de 2008

E o coração?

O que ele faz para existir?
E para sobreviver?
É tão diferente, existir e sobreviver!
É tão diferente, amar e ser amado!
É tão diferente, ser visto e ser notado,
é tão diferente, falar e dizer,
pensar e sentir,
acreditar e fingir.
É tão diferente, ser e ter,
escrever e rabiscar
mentir e enganar.
É tão diferente, gostar e amar,
ouvir e escutar,
querer e desejar,
fazer e realizar.
É tão diferente, compreender e aceitar,
sorrir e ser feliz,
se decepcionar e se iludir.

Se é tudo tão diferente, o que permanece além de um punhado de dúvidas?
O que permanece além dos meus rabiscos e decepções solitárias?
o que permanece além das minhas palavras e idéias sem pra quê nem pra quem?

Se é tudo tão confuso, o que fica além das lágrimas desperdiçadas?
O que fica além dos sonhos não realizados
e mentiras mal contadas?

Se é tudo tão nojento,tão asquerosamente ridículo,o que sobra além de sorrisos e promessas falsos,
abraços, conselhos, opniões dispensáveis?
O que sobra além do egoísmo que marca quase todas as atitudes?
O que sobra além da falsa-entrega?

Não me censure.
Meu coração continua no mesmo lugar onde sempre esteve, quer alguém tenha notado
ou não.
Sentindo as mesmas dores com roupagens diferentes...

Não aconselhe meu coração a agir, ser ou existir de uma maneira diferente da que é...
não vou te ouvir.
Não quero.

Não me critique, nem queira ensinar nada novo ao meu coração.
Ele NÃO vai aprender.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ser idiota é uma conduta eterna.
É.... eterna!
Acreditar em bobeiras,
entender tudo errado,
dar valor a certas atitudes
e desprezar outras.
Querer demonstrações de carinho
além, muito além do óbvio.
Querer sentir o que não é trivial.
Querer entender o que é passional.
Assim mesmo... ser idiota é ser over,
caretasso,
piegas,
até meio cafona (ok,totalmente cafona).
É fechar os olhos com aquela música que te faz sonhar,
imaginar que a pessoa perfeita existe,
acreditar em amor aos 20 anos,
acreditar em entrega, abnegação, declarações e poesia...
Ser idiota é um fato:
inegável,
intransponível (infelizmente),
incompreensívelmente imutável.
Doença.
Maldição.
Feitiço?
Dar importância a palavras,
a poesias sem destino,
a sentimentos sem finalidade.
Não esquecer.
Não entender.
Não ver... ser idiota é ser cego. (intencionalmente ou não)
É ser surdo,
e falar mais do que deve.


No final.... não resta nada além desse way of life que é lindo na teoria,
mas que na prática,é ignorado.

Sem hipocrisia. Sou uma idiota.
Convicta.
Com ou sem orgulho.

"My feet are stuck here against the pavement. I wanna break free.
I wanna make it.
Closer to your eyes
get your attention
before you pass me by."
Só pra descontrair: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!
(os palavrões foram censurados por respeito)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Procura

Estou procurando uma música que me faça mais triste do que já estou.
Estou procurando uma lágrima que justifique esse sentimento.
Estou procurando um motivo para gastar minhas palavras.
Estou procurando um destino para minha solidão.
Estou procurando um porque pra nada dar certo.
Estou procurando uma razão para não desistir.
Estou procurando um jeito de acreditar.
Estou procurando uma justificativa pra me abandonar de vez.
Pra largar essa mania de sempre acreditar no melhor das pessoas,
de insistir em sentir o que não existe,
sonhar com quem não merece,
amar quem não precisa do meu amor,
dar atenção a pequenos detalhes que ninguém nota,
falar demais,
amar demais,
entender demais,
escrever demais,
ser feliz de menos.

Estou procurando um sorriso em meio a tantos problemas,
um corpo amigo (e não só o ombro) em quem eu possa descontar todo meu carinho
e desespero,
toda a minha compreensão e loucura,
todo o meu lirismo e ansiedade,
toda a minha amizade e impaciência.

Estou procurando uma maneira de conseguir dizer,
conseguir seguir adiante,
entender,
viver,
colocar em prática os sonhos
e esquecer a realidade, pelo menos um pouquinho.

Estou procurando uma maneira de respirar,
de encontrar o ar da razão,
o ar do constante recomeço.

Estou procurando uma saída.... pra todos os motivos que me causam
essa angústia sem nome.
Essa solidão acompanhada,
essa insatisfação imutável.

Não sei mais o que pensar ou escrever.
Não sei mais as respostas, menos ainda as perguntas.
Não sei porque essas lágrimas não secam nunca....

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Dark face

Era uma vez um quebra-cabeça. Dizem que, montado, ele era lindo, gracioso, tinha a forma de uma bela menina, que embora não fosse perfeita, tinha seu brilho, tinha seus sonhos, seus amigos. Um dia, um anjo malvado veio e soprou. Soprou, soprou, pisou e chutou todas as pecinhas, bem pequenininhas, até todas se espalharem pelo céu, pela terra e pelo ar. A menina ficou desconfigurada. Nada mais fazia sentido, nada mais se encaixava. Tinha dias que ela pensava que tinha finalmente encontrado uma peça que se encaixava... Mas o pequeno diabinha sempre voltava e soprava tudo pra longe de novo. O mundo é infinito, a garotinha era era agora apenas um pedacinho mínimo de alguma coisa, de uma lembrança, que com o tempo ela nem acreditava mais existir. Ela esqueceu da figura completa, e o mundo esqueceu que aquele pedacinho de nada tinha vida e precisava de ajuda e compreensão. Sozinha, sem chão, sem ar, a menina não mais viveu, ela definhou e definhou até o último fio de sua lembrança se romper e ela não passar de uma poeira invisível no meio de um abismo escuro.

The end?!.

domingo, 3 de agosto de 2008

Pra atualizar

O mundo gira, as pessoas mudam. É assustadoramente incrível. De repente, eu me sento estranha no meio do mundo. Eu me sento diferente no meio dos meus iguais. Eu me sento a mesma, mas em um lugar que não posso reconhecer. Notícias inimagináveis, ações impossíveis... É verdade. Quem são vocês?

Dizem que eu também mudei. Eu sei. Eu acho. Parece que não, mas se olho pra trás... Há dez, cinco, dois anos eu não era assim. Eu já fui trelosa, encrenqueira, chata, invejosa, extrovertida, divertida... hj eu luto cmg mesma e não sei como agir. Eu já fui alta, eu já fui pequena; eu já fui adianta pra minha idade, eu já fiquei pra trás; eu já gostei de rosa, amarelo, laranja... e hoje só vejo azul; eu já estudei, já vadiei, já trabalhei aqui, já trabalhei acolá; eu já tive sonhos, já realizei alguns, me frustrei com outros, esqueci de muitos... hj eu esqueci foi como sonhar.

A vida é um sonho. É uma nuvem se movimentando, tomando sempre novas formas. O vento vai, o vento volta. Os pássaros passam e vão embora. Vontam crescidos, não voltam. Vem a tempestade, tudo está perdido. O sol aparece e você volta se achando uma idiota por ter acreditado que aquela chuvinha era mesmo o fim... tempestades piores aparecem, te transformam. É um cachorro, é um sapo, é um dragão.

Eu não sei o que eu to escrevendo, eu não lembro mais qual era o propósito de tudo isso quando eu comecei... Acho que minha mente já mudou, minhas idéias já não são as mesmas. O mundo gira, e as pessoas mudam. A velocidade é assusadoramente incrível. Não tente entender, não perca tempo com perguntas difíceis demais. Viva. Qndo vc terminar de ler isso, muita coisa já não vai ser mais igual. Aproveite. Tudo passa, tudo muda. Pra melhor, pra pior, pra melhor de novo. O mundo gira... e gira... e gira...

Keep walking.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sabe quando tudo dá errado?
Quando eu digo tudo, é tudo mesmo!

O que fazer quando a unha encrava, o beijo não sai, o CD risca, a comida tá ruim, o amigo trai, o futuro não promete, o presente te arrasa, o telefone não funciona, o papel higiênico acabou,o sono não vem, o dinheiro some, o sapato machuca, a lente embaça, a ponta do lápis quebra, o tempo passa, a indiferença machuca, a cabeça dói, a unha quebra, a chuva cai, a mesmice te consome, o barulho te atormenta, o cansaço te engole, o ônibus não passa, a bateria do MP4 te abandona, o torcicolo piora, o computador pifa, quem você quer ver não aparece, quem você precisa encontrar não existe, a roupa não serve, o chuveiro queima, a gripe aparece, pisam no seu pé e ignoram seus calos, esmagam seu coração e não se importam, a vodka não é boa, a ressaca é pra sempre, a reclamação não termina, o abandono não tem fim, a sandália quebra, o casaco não esquenta, o celular não toca, seu blog está às moscas, seu orkut é um território de ninguém, suas palavras não são ouvidas, seus sentimentos não importam, ninguém te vê de verdade, ninguém se importa se você for embora, seus comentários são dispensáveis, sua tristeza não tem razão, o silêncio continua, a decepção é cada vez maior, o crime não compensa, as festas não te animam,Los Hermanos não te faz mais chorar, Legião Urbana não te faz suspirar, Mário Quintana parece otimista demais, seus conselhos são vazios, as lágrimas perderam seu rumo costumeiro, os motivos parecem fúteis, as desculpas são falsas, os sorrisos não convencem, a melancolia te persegue, as piadas não têm graça, um novo dia não te traz alegria alguma, a academia está fechada, as músicas ruims te satisfazem, o quarto está uma bagunça, os textos estão amassados, as fotos do painel roxo estão sendo derrubadas pelo vento, o urso de pelúcia te dá alergia, o ar está faltando, o coração está doendo.

Mas tudo bem.
Ninguém sabe disso.
Nem vai saber.



terça-feira, 29 de julho de 2008

Lá vou eu.....

O quanto é difícil falar de amor....
Há uma hora atrás cliquei em 'nova postagem', escutei Paralamas do Sucesso e umas "músicas questionáveis" também, tudo pra tentar entender e escrever. Ou escrever e entender. A ordem desse processo ainda não ficou clara na minha mente.

Pois é, o amor.
Já te apresentaram? Ou te empurraram? Ou te esconderam?

Ou você pode (tentar) ignorá-lo. Como uns e outros fazem por aí.
Mas não se engane. Uma hora ele ainda te agarra, te amarra, te destrói ou mesmo te reconstrói...
Pior é não perceber que ele existe. Ou que ele está tentando existir acima de qualquer atitude ou sonho.

Como o amor pena pra aparecer.... e pra sobreviver, então? Coitado!
Tem que aturar mesquinharias, egoísmo, infantilidades, ciúme.... às vezes ele resiste,às vezes ele se transforma ou mesmo fica ali, só esperando uma chance de te mostrar o quanto a vida poderia ser maravilhosamente divina com a sua presença.

Com as surpresas que provoca e os sorrisos que inspira,
com pequenas felicidades que só quem ama ( e é amado,evidente*) pode experimentar.

Post clichê, né?
É assim mesmo... sou clichêzinha às vezes, e o pior: gosto disso.

Mas pensa aí.... é ou não é amor?






*Controverso, mas minha opnião right now!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sempre quis escrever isso... Só faltava você como motivo

Quando eu perder a cabeça, não diga que eu não te avisei.

Esse é oficialmente um aviso:

Não me provoque.

Não me olhe desse jeito (aliás, não me olhe de jeito nenhum).

Não me abrace.

Não me diga mais nada que possa me fazer te amar (ou te odiar, tanto faz).

Não me provoque.

Não sugira música, filme, livro, receita de bolo ou balada.

Não tente me convencer que me conhece mais que eu mesma.

Não me surpreenda.

Não me escute.

Não dê ouvidos às minhas súplicas subliminares.

Não me provoque.

Não me ligue (ou me atenda, se for o caso).

Não responda minhas mensagens.

Não me peça opinião sobre nada.

Não me peça para escutar seus dilemas

ou te compreender (porque eu não vou!).

Não me provoque.

Não fale de si mesmo (e suas tão constantes conquistas)

Não fale do futuro,

nem dos seus planos e amigos ( I don't care!)

Não tente me defender das minhas próprias idéias,

Não tente me ignorar (já que você não vai conseguir mesmo...)

Não me provoque.

Quando eu perder a cabeça e te beijar não reclame não.

Quando eu perder toda a razão e te amar, você não diga nada.

Quando eu perder a cabeça e te prender na minha vida pra sempre, você aceite passivamente.

Quando eu perder a cabeça e escrever seu nome bem aqui, pra todo mundo ver e te apontar na rua, você concorde sem reclamar. Eu avisei.

Quando eu perder a noção e te dizer tudo que eu quero, você fique quietinho e faça cara de paisagem.

Porque eu te avisei... Não me provoque não!

Quando eu perder a cabeça e transformar o amontoado de textos pós - você em realidade, se conforme e aceite o fato de uma vez.

Eu não vou me arrepender.

Já avisei. Já adverti.

Agora se vira!


Não precisa entender. Um ponto pra mim.

quarta-feira, 23 de julho de 2008


Queria escrever algo que pudesse expurgar a tristeza de dentro de você...
Algo que pudesse reorganizar as memórias, as lágrimas e os sorrisos também.

Queria escrever algo que tivesse força suficiente pra te mostrar o quanto você é especial.
O quanto suas palavras já me trouxeram o consolo que muitos abraços jamais conseguiram,
o quanto a sua existência me manteve viva quando tudo -e todos - desmoronavam.

Queria escrever algo que pudesse te mostrar como você é imprescindívelmente única,
o quanto seu sentimentalismo e racionalidade me apoiaram nos momentos mais difíceis,
e o quanto é bom ter você pra compartilhar sorrisos e dúvidas.


Queria escrever algo que pudesse retirar esse véu de tristeza e solidão que te cobre agora,
algo tão forte e definitivo
que pudesse gritar, soprar, escancancar as janelas da sua alma....pra que você possa respirar aliviada novamente.

Queria escrever algo que fosse tão racional para te provar que tudo é possível,
e ao mesmo tempo, algo tão subjetivamente sentimental que possa te dar a certeza incerta de que tudo isso vai passar...


Queria escrever algo que ultrapassasse a barreira das palavras .... só pra te mostrar o quanto você merece ser muito além do 'feliz'....

Queria escrever algo que me fizesse mais perto,
mesmo estando a foda-se quantos kilômetros de distância.

Muito além de tudo isso, leia bem: você merece um recomeço.
Você merece muito além de desejos cotidianos.
Você merece milhões de sorrisos....
Aceite o fato: você merece. E tenho dito!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Delírios de palavras

Um sim, um não, um coração. Uma palavra, um erro, um perdão. Uma tentativa, um fracasso, uma desilusão. Um sonho, um delírio, uma emoção. Viver, crescer, inspiração. Uma conquista, uma recaída, uma distração. O fim, o começo, a solidão. O fim, o desespero, a solidão. O fim, o medo, resolução. Fraqueza, socorro, uma transformação. O fim, o dilema, continuação...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Só sentimento

Engraçado... como a vida é pautada por sentimentos ( e palavras).
Parece uma afirmação simplista, mas não é. Antes fosse (ou não...).
Amo ambos: palavras e sentimentos (não necessariamente nessa ordem).

Agora pense, sinta e fale o que vc quiser (ou não).

ANYWAY.... É isso que sobra:


"Preciso te dizer que suas palavras me machucam,
que seu modo de falar me fere de uma maneira instantaneamente maluca.
Preciso te dizer que você está causando ondas de sentimento aqui,
e o maior surto de poesias já ocorrido.
Preciso te dizer que penso em você a cada segundo do dia,
e por mais que pareça clichê,
não consigo tirar sua voz da minha memória.
Preciso te dizer que nunca planejei isso....
nunca planejei você,
nunca planejei essa tristeza que toma minha mente
e provoca lágrimas que não se materializam exteriormente...
eu posso escutá-las gritando, implorando por liberdade,
mas não consigo tirá-las daqui,
de onde você está.


Preciso te dizer que algo me entristece tanto
que as palavras não conseguem amenizar esse sentir que ultrapassa a barreira do que sou,
do que imagino,
do que sonhei,
e (des) sonhei.
Preciso te dizer que as mil razões para te amar estão se esfacelando em pedaços,
e que a culpa é só sua.

(...) *

Preciso te dizer que vou ignorar meu coração,
minha imensa vontade de te abraçar por algum motivo que eu desconheço completamente.
Preciso te dizer que vou ignorar as músicas sobre 'nós',
já que o plural deixa de ser uma possibilidade agora.
Só restou a primeira pessoa do singular.... e suas músicas, poemas, idéias e ideais, nonsense criativo."

*AHÁ!!! O conteúdo completo, só minha companheira de planeta viu! Privilégios dados somente aos conterrâneos! Se valeu à pena, só ela pode dizer! =P



Amo parênteses também (mas isso aí já é outro post)


Agora, comenta meu povo.... pq meu ego precisa de comentários!



quarta-feira, 18 de junho de 2008

Uma constatação

"As coisas que dão errado são a vida como ela é, e não falhas dela."

Então, cresça, amadureça e floresça. Reclamar e espernear não levam a nada, ninguém vai te salvar. A vida é assim mesmo, um monte de coisa da errado, todos os seus planos acabam sendo em algum momento distorcidos. Vai chorar? Desistir? O tempo em que isso resolvia passou, a infância é boa, mas fica pra trás. E você tem o resto da vida inteiro pra viver, quebrar a cara e aprender. Aprender a não perder tempo com besteira. Deu errado? Tá, qual é a alternativa? Não tem? Inventa uma, te vira. Mas não para, não fica pra trás. É foda, mas é a vida. Enlouqueça, endoideça e ache graça dos caminhos tortuosos. Tortuosos. Essa é uma palavra engraçada. Smile. Smile like you mean it.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Melhor não delimitar já que se trata de sentimento

Gostaria de sentir.
De conseguir sentir.
De me permitir sentir.
Gostaria de deixar o sentimento fluir
como deixo as palavras fluirem através de mim
quando me proponho - ou me obrigo- a escrever.

Gostaria de sentir.
Deixar esse estado de não-sentimento,
de não-amor (e não mais des-amor),
de não-entrega.

Gostaria de sentir.
Além,
Bem mais que os suspiros cotidianos.
Bem mais que a surpresa diante de um novo poema.
Além.
Além de aparências,
Além de clichês,
Além de datas marcadas,
Além de comparações,
Além de sonhos...

Gostaria de sentir.
Mais que palavras,
Mais que definições,
Mais que teorias,
Mais que eu mesma.

Gostaria de sentir.
Muito mais do que penso ser
Muito mais do que sei,
Muito mais do que não sei,
Gostaria de sentir muito mais do que ainda não senti.

Gostaria de sentir.
Algo que possa ultrapassar a imaginação,
que possa ultrapassar os conceitos,
que possa ultrapassar meus próprios sonhos,
que possa ultrapassar a realidade.

Gostaria de sentir.
O que penso sentir,
o que penso saber,
o que penso entender,
o que penso que sou
ou serei...

Gostaria de sentir
Para ser
Completamente incompleta.

Gostaria de sentir
Para estar
felizmente confusa.

Gostaria de sentir.
Para eliminar qualquer vestígio
de mim mesma.
Para eliminar qualquer célula
que se recuse a amar,
a sorrir,
a se entregar.

Gostaria de sentir
para viver.
E não continuar vivendo para - ou mesmo sem- sentir.



Garota Devaneio


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