domingo, 30 de novembro de 2008

Una mañana

Amanheceu e eu nem percebi. Não parecia uma manhã como as outras. Havia algo novo, uma sensação especial. Algo que eu não preciso ver pra saber. Era certo. A manhã tinha o seu brilho, tinha o seu cheiro. Os raios do Sol surgiam, mas passavam direto por mim. Era o calor da tua presença que me aquecia, que me despertava.

Amanheceu, mas eu não me importei. O vento continuava soprando e me levando pra mais próximo de você. Encolhida em seus braços. Perdida em seu abraço. No meu coração, não não havia manhã. Mas havia pássaros cantando preguiçosos, embalando sorrisos tímidos, disfarçados. Felizes.

Amanheceu. E eu estava com você. O encanto de um novo dia não é nada comparado ao prazer de um novo beijo. E de mais outro... Sabor da manhã, gostinho de você.



... quem disse que a gente não pode ser breguinha de vez em quando?
x) e sim, minha inspiração foi você. :*

Ganhei!

Que coisa mais inusitada, linda e doce... eu ganhei um poema!
Um fato tão novo (pq geralmente eu é q saio escrevendo pra td mundo) e que causou tanta alegria em meio a um domingo melancólicamente 'domingo'.


Confiram a razão do meu sorriso:
http://jorgeslytherin.blogspot.com/2008/11/rayanna.html


Friend, eu não tenho nenhuma palavra suficientemente forte pra agradecer pela sua amizade
que sempre me alegra, me torna menos certinha, chata e convencional.

Te amo sempre!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Meu partido é um coração partido

Esse momento de redenção nunca chega.
Nem sou capaz de traduzir o que sinto para o papel.
Te convido a compartilhar essa ausência comigo.
Te peço para se mudar para o meu corpo por um dia, só um dia... pra sentir essa decepção baseada em especulações,
pra entender a necessidade de poesia e músicas tristes,
pra compreender porque nada nunca fez sentido.
Te imploro... por um minuto,me ouça.
Ouça minha angústia gritar por cura,
escute meu exagero se lamentando, minha solidão suplicando interesse...
dê atenção às minhas queixas cheias de motivo,
à minha personalidade tão intensamente incomum,
ao meu lirismo devaneante.
Te suplico... me olhe e me veja de verdade.
Veja essa tristeza escorrer pelo caderno,
veja o abandono, a inquietação e a insegurança que me toma,
o desespero que me move
e a falta de adjetivos pra esse momento preenchido de tudo que eu não sei nomear nem sentir.
Enxergue quem eu sou de verdade, muito além das fotos ou frases ditas só por dizer.
Te convido a retirar seus óculos de preonceito e mesquinharia e notar o quanto eu mereço você.
Mereço cada um dos seus sorrisos,
queria poder descobrir como eles surgem e aprender a provocá-los.
Mereço cada um dos seus abraços, beijos e palavras de carinho,
mereço sua preocupação e sua saudade,
suas dúvidas e seus finais de semana.
Mereço ser o seu motivo preferido pra tudo.
Mereço ser a sua razão para não dormir e a primeira para acordar...
Mereço ser tudo que te importa de verdade.
Te garanto... não vou mudar.
Não vou mudar um centímetro das minhas convicções em nome de uma possibilidade de mãos dadas.
Não vou mudar minhas respostas e menos ainda as perguntas.
Não vou limitar minha personalidade ou conter minha fé.
Vou continuar falando alto, badalando, rindo das mesmas piadas, e sendo quem eu faço questão de ser.
Ainda quero mais algumas tatuagens, festas e aventuras.... isso não altera quem sou ou quem pretendo ser no futuro.
Não preciso de ninguém me dizendo o que fazer,
não preciso de mais hipocrisia.
Te aviso.... esse é o fim do que nunca começou.
Te confesso.... não vou te perdoar
Até porque não quero ir pro céu mesmo....


[I still try holding onto silly things. I never learn.
Oh why? ... all the possibilities... I'm sure you've heard.
That's what you get when you let your heart win
drowned out all my sense with the sound of its beating.
That's what you get when you let your heart win. - Paramore]

sábado, 22 de novembro de 2008

She's a coward!

Ela andava pela mesma rua de todos os dias. O passo rápido, o mesmo caminho, as mesmas pedras da calçada, as mesmas pegadas na areia da praça. Tinha uma praça no seu caminho, mas ela nem reparava mais. Andava a mesma rua todos dias. Em frente, doze passos largos e pára. O sinal. O mesmo sinal de todos os dias, o mesmo sinal vermelho, a mesma segurança da sua de todos os dias.

Só que tinha alguma coisa estranha.

No seu caminho, não havia buzinas. Naquela rua, não tinham tantas pessoas. O sinal em que parava todos os dias tinha uma cor forte e exata; ele não piscava em amarelo. Estava quebrado. O sinal quebrou, sua rua engarrafou, seu caminho não era mais o mesmo de todos os dias. Seu coração quebrou, sua mente engarrafou, sua certeza não era mais a mesma de... Que dia era aquele? O primeiro? Ou o último?

Ela fez a única coisa que podia fazer naquele momento.

Voltou pra casa pelo caminho que ainda conhecia, deitou na cama que ainda tinha seu cheiro e dormiu. E ela entrou na escuridão do abismo da ilusão de segurança e se perdeu... para sempre?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SEMPRE QUE CHOVE

SEMPRE QUE CHOVE -Mário Quintana
'Sempre que chove
Tudo faz tanto tempo...
E qualquer poema que acaso eu escreva
Vem sempre datado de 1779!'



Sou obrigada a concordar com Quintana. E sempre que vejo chuva me lembro desse doce poema que me faz sentir tanto...
Esses últimos dias de chuva (aliás, essas últimas duas semanas) têm alterado a minha rotina para muito além dos banhos de chuva para chegar na faculdade, sombrinhas quebradas e pés gelados. Me vejo escutando The Beatles febrilmente, e quem diria, entendendo velhas letras do RPM, Metallica e Pink Floyd... relendo textos escritos na aula de física do colégio, procurando por fotos antigas, de amizades que não existem mais ou de pessoas que infelizmente partiram e me deixaram só com a saudade.
Talvez seja o final do ano se aproximando, ou essa traiçoeira melancolia tomando meus pensamentos, mas o fato é que tudo parece coberto por essa nuvem de nostalgia. Nada mais parece existir para além da minha teia de hipóteses e sentimentalismo guiado pela previsão do tempo, nada parece servir para espantar essa apatia e intensidade, essa calmaria e inconstância.
Não posso procurar as respostas porque já não sei quais são as perguntas. Não posso exigir compreensão já que eu mesma não consigo transformar em palavras todas as pequenas dores que se acomodam aqui, dentro dessa minha alma impregnada de egocentrismo ao avesso (ou não).
Sempre que chove.... me permito ser triste. E nada mais.



'I need a fix 'cause I'm going down'

Thank you, Lennon

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tédio com um T bem grande pra mim!

Levemente entediada...
Essa rotina do seu desprezo me deixa cansada.
Os compromissos, olhares e assuntos de sempre...
as tardes e músicas constantemente tristes.
As aulas se tornaram tão monótonas,
as obrigações me desgastam;
A previsibilidade dessa saudade me atormenta,
essas horas tão longas me enojam.
A repetição dessas palavras me inquieta,
a desigualdade dos nossos destinos me maltrata
de uma maneira jamais imaginada.
A calmaria pesaroza dessa semana condena meu sorriso
à inexistência completa,
os desejos não declarados gritam por liberdade, e
essa identificação com a incerteza me envergonha.
Todas as histórias de amor alheias me parecem falhas,
não me reconheço no lirismo de Drummond, Quintana, Bandeira ou mesmo Augusto dos Anjos.
Tudo me parece tão monótono... até mesmo Renato Russo
não me provoca com suas ironias,
nem a melancolia do gothic Metal parece suavizar a tempestade de desesperança que assola meu coração.
Mesmice. Chatisse. Caretisse...
Me encontro e me perco como espectatora dessa ilusão perpértua,
me canso das minhas perguntas...
me abandono em meio à desordem completa dessa forma de sentir tão peculiar.
A inércia da nossa 'pseudo-história' me irrita,
a perpetuidade da solidão me apavora.
O sonho permanece tão distante... e a verdade continua doendo.


Levemente entediada.... é o último suspiro dessa história unilateral.
Felizmente.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Espalha essa melancolia,
Tranforma essa dor em palavras manchadas de lágrimas.

Rotina, contas, falta de bateria, chuva, trabalho, livros, sono...
O mesmo me oprime.
O sempre me atormenta.

Torce e esmaga minhas memórias
destrói o vestígio de saudade.

Esse grito contido vive aqui, me perturbando.
Esse sentimento não declarado me machuca.

Estou tentando unir partes desconexas de mim
em busca de justificativas e explicações dispensáveis.

Não quero.
Não posso mais.

Não consigo...
Me deixe sofrer
e chorar a dor da minha insignificância.

Minha eterna companheira dá motivo para cada lágrima
e vasculha minha insensatez em busca de provas.

A decepção é tão óbvia... a tristeza é tão escondida...
Mas aqui está ela, para que todos vejam
que minha fraqueza é natural,
que meu coração se cansou e desistiu.


Choro, sofro, tenho vontade de gritar e me esquecer
por alguém que nem mesmo sabe que provoca tantos terremotos sentimentais em mim.
Alguém que consegue ser mais insensível que a própria insensibilidade...


E não tem fim, essa falta de você em mim.



Como certas músicas fazem tanto sentido:
I can't run anymore,
I fall before you,
Here I am,
I have nothing left,
Though I've tried to forget,
You're all that I am,
Take me home,
I'm through fighting it,
Broken,
Lifeless,
I give up,
You're my only strength,
Without you,
I can't go on,
Anymore,
Ever again.