Ela andava pela mesma rua de todos os dias. O passo rápido, o mesmo caminho, as mesmas pedras da calçada, as mesmas pegadas na areia da praça. Tinha uma praça no seu caminho, mas ela nem reparava mais. Andava a mesma rua todos dias. Em frente, doze passos largos e pára. O sinal. O mesmo sinal de todos os dias, o mesmo sinal vermelho, a mesma segurança da sua de todos os dias.
Só que tinha alguma coisa estranha.
No seu caminho, não havia buzinas. Naquela rua, não tinham tantas pessoas. O sinal em que parava todos os dias tinha uma cor forte e exata; ele não piscava em amarelo. Estava quebrado. O sinal quebrou, sua rua engarrafou, seu caminho não era mais o mesmo de todos os dias. Seu coração quebrou, sua mente engarrafou, sua certeza não era mais a mesma de... Que dia era aquele? O primeiro? Ou o último?
Ela fez a única coisa que podia fazer naquele momento.
Voltou pra casa pelo caminho que ainda conhecia, deitou na cama que ainda tinha seu cheiro e dormiu. E ela entrou na escuridão do abismo da ilusão de segurança e se perdeu... para sempre?
sábado, 22 de novembro de 2008
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4 comentários:
"E ela entrou na escuridão do abismo da ilusão de segurança e se perdeu..."
Isso me fez fechar os olhos e imaginar este abismo.Não consegui,mas confesso,a tentativa me causou algo seguro,mas não eterno.
Beijos.
Adorei o texto!
God... what am i supposed to think? To be?
It really makes me think about everything... am i a coward?
Ahh Bel... qria tanto entender, explicar, SABER pq as coisas são cm são...
Essa melancolia sutil e intensa q seu texto transmite... continua me tocando, c esses dias de chuva q nunk terminam.
All I know is that we're going to find a way... we have to.
E pra n perder o costume, eu preciso acreditar "Cause everything will end up all right!"
=*
Adorei esse post! Um grande, dentre muitos bons deste blog!
Adoraria saber escrever assim, você expressou tudo q já senti e duvidei em minha vida!
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